

INTRODUÇÃO
Star Wars – O outro lado é um RPG de texto e interação, isto é; um jogo ao qual existe um narrador e os jogadores interagem com o que a narrativa.
Por Gabriel Casanova
CONTANDO HISTÓRIAS
Este livro contém as regras essenciais para jogar "Star Wars: O Outro Lado", um Jogo de Narrativa de aventura. Com as regras aqui descritas, você e seus amigos podem assumir o papel de Jedi, Sith, Rebelde ou Imperial e contar histórias sobre o triunfo dos personagens, os seus fracassos, as suas façanhas secretas e os seus vislumbres de bondade. Num jogo de narrativa, os participantes criam personagens usando as regras deste livro e os conduzem através de dramas e aventuras, chamadas apropriadamente de histórias, que são contadas através da combinação dos desejos dos jogadores e das diretrizes do Narrador (veja a seguir). Os jogos de narrativa, ou RPGs, são parecidos com diversos jogos de interação social. Mas são também bastante distintos. Cada jogador interpreta um personagem e participa de uma forma de improvisação teatral, dizendo o que o personagem diria e descrevendo o que o personagem faria. A maior parte desse processo é livre — os jogadores podem fazer com que os personagens digam e façam o que quiserem desde que os diálogos e as ações sejam coerentes com a personalidade e as habilidades de cada personagem. Contudo, certas ações são melhor julgadas através do uso de dados e das regras apresentadas neste livro. Sempre que houver divergência entre as regras e a história, a história prevalece. Use as regras sempre que (ou de preferência apenas quando) elas tornarem mais emocionantes as suas histórias de aventura e terror.
JOGADORES E NARRADORES
O número ideal de participantes para um jogo de Star Wars – O outro lado varia, A maioria deles serão jogadores. Eles criam personagens — protagonistas imaginários parecidos com aqueles encontrados no universo Star Wars. Em cada grupo, uma pessoa deve ser o Narrador. Ele não constrói um personagem para si mesmo; na verdade, ele é uma mistura de diretor, moderador, narrador e árbitro. O Narrador cria o drama, através do qual os jogadores conduzem seus personagens, forjando o enredo e os conflitos. O Narrador também interpreta o elenco de apoio — os aliados com quem os personagens interagem e os adversários contra quem eles lutam. O Narrador ainda cria e descreve os detalhes que compõem o cenário da história — os bares, danceterias, planetas, naves e outros locais que os personagens frequentam. Os jogadores decidem como seus personagens reagem no jogo, mas é o Narrador, com a ajuda das regras, que decide se os personagens realmente tiveram sucesso em suas ações, e em que medida. Em última análise, o Narrador é a autoridade final nos eventos que ocorrem no jogo.
O UNIVERSO DE STAR WARS – O OUTRO LADO
O universo de Star Wars – O outro lado é o mesmo universo da franquia dos cinemas e livros, na verdade, o universo habitado pelos jogadores é semelhante ao nosso, porém visto através de uma lente de aventura. Neste mundo, a maldade é palpável e onipresente, as noites finais estão sobre nós, e todo o planeta oscila numa situação crítica de tensão. Este é o universo de Star Wars – O outro lado. Superficialmente, o universo de Star Wars é parecido com o universo "real" que habitamos. A violência também campeia nas grandes cidades, a fraude e a corrupção assolam os governos e a sociedade modela sua cultura pelas cidades. Os governos são mais depravados. Muitas das diferenças entre o nosso universo e o universo de Star Wars – O outro lado se devem à existência dos alienígenas, tecnologia avançada, poderosíssimas criaturas empunhando sabres e os membros do império e Sith, os Imperiais brincam com a humanidade como um gato faz com o rato. Os Membros manipulam a sociedade para chegar ao poder absoluto e dominar toda galáxia, e para proteger-se contra os seus rivais Jedi e Rebeldes.
A maior diferença entre o nosso mundo e o de Star Wars – O outro lado é a presença de monstros manipulando as raças mais fracas e oprimidas como marionetes. A violência e o desespero são mais comuns aqui, porque eles precisam existir para que os Membros continuem suas existências. O mundo é lúgubre, mas a fuga é uma mercadoria sempre presente — talvez presente demais. O ambiente é formado por uma mistura de estilos e influências, e a tensão causada pela justaposição de grupos étnicos, classes sociais e subculturas torna esse universo um lugar vibrante, ainda que perigoso. Construções monumentais assomam gigantescas, com suas bases flutuantes e torres de vigias. As pessoas parecem seres minúsculos diante da imponência da arquitetura, perdidos entre as colunas espiraladas que parecem tatear em direção ao céu num esforço para escapar do mundo físico. A posição do império se fortalece com a afluência crescente de pessoas que se agarram a qualquer bandeira que lhes ofereça uma esperança de algo melhor no futuro. Da mesma forma, inúmeras milícias prosperam secretamente, prometendo poder e redenção. As instituições que controlam a sociedade são ainda mais rígidas e conservadoras do que em nosso mundo, pois muitos dos que estão no poder preferem o mal do mundo que eles conhecem ao caos produzido pela mudança. E um mundo dividido em ter ou não ter, ricos e pobres, fartura e miséria.